quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Ângela, agora estou me dirigindo diretamente a você e peço-lhe pelo amor de Deus para você enfim chorar. Queira, por favor, consentir e chore. Porque, quanto a mim, não agüento mais a espera. Dê um grito de dor! Um grito vermelho! E as lágrimas rebentam a comporta e lavam um rosto cansado. Lavam como se fossem orvalho.
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(Clarice Lispector)

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