segunda-feira, 2 de agosto de 2010

"Por que o amor, aparentemente tão doce, é tão prepotente e tão brutal quando posto à prova?" [Shakespeare]



Amor é privilégio de maduros, estendidos na mais estreita cama, eue se torna a mais larga e mais relvosa, roçando, em cada poro, o céu do corpo.

É isto, amor: o ganho não previsto, o prêmio subterrâneo e coruscante, leitura de relâmpago cifrado, que, decifrado, nada mais existe.

Valendo a pena e o preço do terrestre, salvo o minuto de ouro no relógio minúsculo, vibrando no crepúsculo.

Amor é o que se aprende no limite, depois de se arquivar toda a ciência herdada, ouvida. amor começa tarde.

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(Carlos Drummond de Andrade)

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