Se me ponho a cismar em outras eras
Em que rí e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi outras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...
E a minha triste boca dolorida
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!
E fico, pensativa, olhando o vago...
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...
E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!
(Florbela Espanca)
Estou divulgando seu blog assíduamente em meu twitter. É muito bom compartilhar seus trechinhos com a galera. Valeu aí. É sempre bom ter uma dose de inspiração a mais no seu dia. =)
ResponderExcluirgostei do texto bom fds!
ResponderExcluirlágrimas de silêncio..chuva na alma
ResponderExcluirbeijos cintilantes Theroly